quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Carnaubeira da Penha e da hospitalidade

     Devo, não nego, pago quando puder.
     Quero me referir à promessa feita neste rotativo em dezembro último, quando programei fugir  da psicose natalina da cidade grande com uma viagem improvisada pelos sertões pernambucanos com esticada aos sertões paraibanos, com insinuações de relatar os bons momentos ao lado de Lito Feijão e Toninho Sampaio, que topara a aventura com tanto entusiasmo.
     Uma inesperada cirurgia que impôs uma internação de dezesseis dias a Lito Feijão, dias antes do início da viagem, ensejou a modificação dos nossos planos, que se resumiram a visitas a Serra Talhada, Floresta e Carnaubeira da Penha, de onde se avista o Velho Chico serpenteando para o Atlântico, se o distinto tiver a disposição de subir no topo da serrra do Arapuá como tive, levado pelo Henry, irmão gêmeo do Helry.
     Permanecemos cerca de dez dias em Carnaubeira da Penha, onde reside boa parte da família Lopes, da qual descende Maria do Socorro, mãe do Toninho, meu filho que já conhecia a cidade e certamente lá estaria até hoje se não tivesse obrigações a cumprir em São Paulo no começo de janeiro.
    Foram dias maravilhosos os que passamos na terra dos Lopes e Candido, famílias tradicionais que cultivam como ninguém a hospitalidade e a alegria. Um dia ainda vou falar mais dessa gente com descendentes espalhados por todo o Brasil, que no fim de ano se reúnem em Carnaubeira em confraternização.
     Reduzimos a viagem, mas levamos vantagem, argumentou Toninho pro seu padrinho Lito Feijão, que visitamos em Salvador. Foi uma tarde inteira e parte da noite tudo relatando, meu filho e eu, as aventuras e outros bons momentos passados em Carnaubeira da Penha, que tem em Helry, filho da terra e atualmente residente em São Paulo, como referência, ao lado da sua tia Carmosa, como símbolo da hospitalidade que em Pernambuco, especialmente em Carnaubeira, deixa o visitante com água na boca. 
A.P.S.

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